Ansiedade Digital: O que estou fazendo para não surtar trabalhando com internet

Quem vê feeds ou stories, muitas vezes acha que trabalhar de casa (Home Office) é sinônimo de liberdade absoluta. E, claro, a flexibilidade de horários é maravilhosa. Mas existe um “lado B” que eu demorei para admitir: o silêncio da casa vazia e a notificação constante do celular começaram a afetar minha saúde mental.

Como profissional de Social Media, eu vivo conectada. Mas percebi que estava cruzando a linha quando me vi lutando contra uma sensação constante de sobrecarga e, paradoxalmente, de isolamento.

Se você também trabalha na frente do computador e sente que a cabeça não desliga, aqui está o que eu mudei na minha rotina real, sem papo de “guru de produtividade”, para voltar a respirar.

1. O perigo do “Sempre Disponível”

O maior erro que cometi no início foi deixar as linhas entre minha vida pessoal e o trabalho se misturarem. Eu respondia clientes no jantar e checava métricas antes de dormir. O resultado? Eu nunca descansava de verdade.

Aprendi que preciso definir limites inegociáveis. Hoje, eu coloco um alarme no celular para marcar o fim do meu expediente. Quando ele toca, é um compromisso comigo mesma: eu paro. Se eu não respeitar meu próprio tempo, meus clientes também não vão respeitar.

Combatendo a solidão do Home Office

Pode parecer estranho falar em solidão quando passamos o dia falando com pessoas nas redes sociais, mas a falta daquele “cafézinho” presencial faz falta. O isolamento social é um vilão silencioso que traz desmotivação.

Para não virar uma eremita digital, comecei a agendar chamadas de vídeo com amigos que não são sobre trabalho. Manter essa rede de apoio ativa e conversar com quem entende a rotina de home office tem sido essencial para mim.

2. Meu escritório, meu templo

Eu costumava trabalhar no sofá ou na mesa de jantar, mas isso confundia meu cérebro. A bagunça do trabalho invadia meu descanso.

A solução foi criar um espaço dedicado, por menor que fosse, longe do meu quarto. Investi em uma cadeira melhor (porque a dor nas costas aumenta o estresse!) e, como amo a natureza, enchi minha mesa de plantas e cuidei da iluminação. Agora, quando sento ali, meu cérebro sabe: “é hora de focar”. Quando levanto, eu desligo.

3. O ritual de desligar

Uma das coisas mais difíceis para mim era parar de “remoer” as pendências depois das 18h. Para resolver isso, criei um ritual de encerramento.

Antes de sair da mesa, eu fecho o laptop, organizo a bagunça e faço a lista de tarefas do dia seguinte. Depois, uso aquele tempo que eu gastaria no trânsito para fazer algo para mim: uma caminhada, meditação ou cozinhar algo nutritivo.

4. Reconhecendo os sinais (Antes de pifar)

O burnout não avisa quando chega; ele dá sinais sutis. Eu percebi que estava no limite quando senti uma irritabilidade fora do comum e dificuldade para dormir.

Se você sente culpa por descansar ou fadiga constante, cuidado: isso não é fraqueza, é um sinal de alerta de que sua estratégia precisa mudar. Não hesite em buscar ajuda profissional se sentir que não está dando conta sozinha.

Minha conclusão hoje? O trabalho remoto só vale a pena se a gente mantiver a saúde mental em primeiro lugar. O segredo não é trabalhar mais, é trabalhar respeitando quem a gente é fora da tela.

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